Alguns Argumentos Criacionistas e Algumas Respostas Apropriadas

Douglas J. Futuyma1


Enumero aqui algumas das alegações criacionistas mais comuns, cada uma com um contra-argumento resumido. A maioria destes são completamente desenvolvidos no corpo do texto.2

I. Questões Filosóficas e Científicas

  1. "A evolução está fora do domínio da ciência porque não pode ser observada."
    A maior parte da ciência depende, não de observação direta, mas de testar predições que derivam de forma lógica das hipóteses. Não conhecemos a estrutura de um átomo ou de uma molécula de ADN por observação direta.
  2. "A evolução não pode ser provada."
    Nada em ciência é alguma vez provado; nós meramente alcançamos confiança cada vez maior na validade das nossas hipóteses à medida que mais dados as apoiam ou falham em refutá-las.
  3. "A evolução não é uma hipótese testável porque não pode ser refutada por nenhuma observação possível."
    Muitas observações concebíveis, como fósseis de mamíferos em rochas do Pré-câmbriano, poderiam refutar a hipótese da evolução.
  4. "A evolução é uma religião porque é baseada em processos não observáveis e porque inclui conceitos dissimulados de ética, de valores e de significados últimos."
    A crença na evolução não requer fé, porque o processo pode de fato ser observado ou testado. Se definirmos religião como incluindo qualquer conjunto de crenças que toque na ética e nos valores, então a evolução não é uma religião, porque descreve o que ocorreu, não o que deve ocorrer.
  5. "A ordem do universo, e as adaptações dos organismos ao seu meio, são evidência de design inteligente e propósito."
    É possível observar ordem a surgir da ação de leis naturais e processos físicos, e não é evidência de design.

II. Lei Natural

  1. "Como a segunda lei da termodinâmica diz que a entropia (desordem) aumenta, toda a mudança tem de ser degenerativa, e uma complexidade maior nunca podia ter evoluído."
    A segunda lei só se aplica a sistemas fechados. Os organismos, que existem em sistemas abertos, conseguem capturar energia e usá-la para construir maior ordem química, e fazem isso a todo o momento.

III. Evolução Biológica

  1. "É infinitamente improvável que mesmo a vida mais simples possa ter surgido de matéria não viva."
    A formação por acaso de qualquer seqüência de ácido nucleico particular é muito improvável, mas a probabilidade de se formar uma ou outra forma viável é muito alta.
    Sob condições semelhantes às da terra pré-biótica, moléculas orgânicas simples de fato formam-se a partir de constituintes elementares (amônia, metano, etc.), e montam-se em ácidos nucleicos que fazem réplicas de si próprios e que se modificam e cuja freqüência é alterada por seleção natural, tudo isso em laboratório.
  2. "As mutações são prejudiciais, e não dão origem a novas características."
    Mutações que têm efeitos "grandes" geralmente são prejudiciais, mas a maioria das mutações tem efeitos pequenos, e muitas destas são demonstravelmente benéficas sob certas condições ambientais.
  3. "A seleção natural não pode criar novas características, é um processo conservador que apenas elimina mutantes inaptos."
    Em primeiro lugar, a maioria das características que aparecem na evolução não são realmente novas; a maioria são mudanças no tamanho, forma, tempo de desenvolvimento, ou organização de características já existentes. Em segundo lugar, a seleção natural age como um editor, não como um autor: dá a forma a características adaptativas a partir das novas variações caóticas que surgem por mutação e recombinação genética. Em terceiro lugar, a evolução de novas características importantes por seleção natural tem sido observada freqüentemente, como no desenvolvimento de novas capacidades metabólicas em bactérias.
  4. "O acaso não pode ter sido responsável pela origem de organismos complexos, que por essa razão contêm evidência de design."
    Embora as mutações surjam por acaso, elas são bem ou mal sucedidas em se tornarem estabelecidas numa espécie por seleção natural, que é a antítese do acaso.
  5. "A seleção natural é um conceito que não é testável, é uma tautologia. Os 'mais aptos' são aqueles que sobrevivem, que por sua vez são rotulados de mais aptos."
    Tendo uma compreensão sobre a relação de cada uma de duas formas com um meio, podemos predizer qual delas sobreviverá e se reproduzirá mais prontamente; assim predições testáveis sobre seleção natural podem ser e têm sido feitas. Também é possível encontrar mudanças genéticas que não são causadas por seleção natural, o que mostra que a seleção natural não é invocada automaticamente, por argumento circular, para explicar toda a mudança evolutiva.
  6. "Uma nova estrutura não teria nenhuma vantagem seletiva quando aparecesse pela primeira vez numa condição rudimentar, e por isso não se poderia começar a desenvolver por seleção natural."
    Mesmo órgãos complexos como o olho são muitas vezes representados por estruturas menos complicadas em espécies mais "primitivas", nas quais são completamente funcionais. Além disso, nem todas as mudanças aparecem por seleção natural; algumas características tornam-se elaboradas devido à sua correlação com o crescimento de outras características, e só depois se tornam úteis.
  7. "Não se encontraram quaisquer fósseis que exemplifiquem uma estrutura incipiente evoluindo para uma característica útil posterior."
    Isso não é verdade; o registro fóssil fornece muitos exemplos. Um caso, descrito no texto, são as saliências incipientes nos dentes de cavalos primitivos que posteriormente se tornaram grandemente elaboradas como uma adaptação para mastigar vegetação.
  8. "Se tivesse ocorrido evolução gradual, não haveria lacunas entre as espécies, e a classificação seria impossível."
    Muitos organismos díspares estão ligados por espécies intermédias, e nesses casos a classificação é arbitrária. Em muitos outros casos existem lacunas devido a extinções.
  9. "Apesar de um rico registro fóssil, não se encontram nele intermediários de transição entre ancestrais e descendentes."
    A moderna teoria genética da evolução sustenta que a adaptação a novas condições acontece rapidamente, de modo que é provável que se encontre poucos intermediários. Ainda assim, muitos casos de transições evolutivas de uma espécie para outra aparentada são conhecidos no registro fóssil, e a origem gradual de vários grupos (e.g., ammonites de bactritid cephalopods, mamíferos de répteis terápsidos, cavalos de condylarths) está bem documentada no registro fóssil. O Archaeopteryx, contrariamente às alegações dos criacionistas, não é completamente um pássaro, é antes um réptil com algumas características de pássaro, como penas.
  10. "Se a evolução é verdade, por que razão 'fósseis vivos' como o celacanto e o caranguejo ferradura evoluíram pouco durante centenas de milhões de anos?"
    Se uma espécie está adequadamente adaptada ao seu meio, não há razão para esperar que continue a evoluir novas adaptações.
  11. "Estruturas anatômicas homólogas, e similaridades no desenvolvimento embrionário, são exemplos de um design comum usado pelo Criador, não são exemplos de ancestrais comuns."
    Claro que tudo pode ser "explicado" pelos desejos do Criador, visto que não temos maneira de obter informação sobre o Criador. Mas muitas estruturas homólogas não fazem sentido enquanto adaptações, e não se conformam a nenhum design ótimo que possamos compreender. Não existem limitações ao design que requeiram que tubarões e humanos tenham embriões similares e depois se desenvolvam até se tornarem organismos completamente diferentes.
  12. "Estruturas vestigiais não são vestigiais mas funcionais."
    Não existe a mais pequena razão para pensar que muitas estruturas vestigiais, que violam design racional, tenham qualquer função. Os ossos pélvicos das pythons e as asas rudimentares de muitos insetos não têm qualquer função conhecida, e espécies de cobras e insetos aparentados são completamente desprovidas dessas características.
  13. "O registro fóssil não é uma seqüência cronológica objetiva, porque assume-se à partida que a evolução ocorreu, e só então as rochas são 'ordenadas' pelos fósseis que contêm."
    Na realidade, a ordenação geológica dos estratos fósseis foi feita por geólogos pré-evolucionários que acreditavam na criação. Além disso, datação radioativa e outros métodos também são usados para estabelecer uma seqüência geológica relativa.
  14. "Não há prova de que a decomposição radioativa ocorre a uma taxa constante, e portanto não há prova de que a terra tem biliões de anos de idade."
    A teoria da física, e o falhanço em encontrar quaisquer fatores que possam alterar as taxas de decomposição radioativa, fornecem uma sólida fundação para a datação radioativa. Datas radioativas são consistentes com muitas outras fontes de evidência que indicam que a idade da terra, do sistema solar e do universo tem de ser medida em biliões de anos.
  15. "Os geólogos estão a abandonar o princípio do uniformitarismo; em resultado disso, a explicação de características geológicas, como o registro fóssil, por catástrofes como um dilúvio universal, é igualmente plausível."
    O uniformitarismo diz que no passado só operaram forças naturais observáveis atualmente, e que operaram tal como hoje, embora as suas taxas possam ter variado. Mesmo às taxas mais rápidas que se conhecem, as forças naturais não podem explicar características geológicas como a deriva dos continentes ou a sedimentação exceto numa escala de tempo de muitos milhões de anos. A ordenação dos fósseis, e muitas outras características do registro fóssil, não podem ser explicadas por uma única catástrofe nem por uma série de catástrofes.
  16. "Ninguém pode conhecer eventos que ocorreram antes de haver pessoas para observá-los e registá-los; portanto eventos evolutivos passados nunca podem ser conhecidos."
    A observação direta não é a única fonte de evidência fiável; e de fato a observação direta muitas vezes fornece evidência que não é digna de confiança. Eventos passados podem ser inferidos com segurança através de dedução lógica, usando uma variedade de métodos que são comuns a todas as ciências históricas.

IV. Evolução Humana

  1. "Não existem fósseis intermédios entre humanos e primatas. O Australopithecus caminhava em quatro patas como os modernos símios, e tinha um esqueleto semelhante ao dos símios. Era apenas um símio."
    A anatomia dos australopithecines, incluindo a forma recentemente descoberta chamada Australopithecus afarensis, indica claramente uma postura ereta, junto com um esqueleto muito semelhante ao dos símios com um cérebro pequeno. Fósseis de hominídeos posteriores aproximam-se claramente dos humanos modernos em passos sucessivos, em várias características como tamanho do cérebro e dentição. Ferramentas de pedra associadas também mostram uma progressiva complexidade no design.
  2. "Se as raças divergiram na cor da pele e em outras características triviais, por que não divergiram em inteligência, que é tão crítica para a sobrevivência?"
    Características diferentes experimentam padrões diferentes de seleção. A inteligência, muito provavelmente, evoluiu para o seu grau moderno em populações humanas ancestrais antes de estas se terem espalhado para novas áreas, onde a divergência na cor da pele pode ter sido uma adaptação local (ou pode ter ocorrido por deriva genética). Devido ao alto valor da inteligência para a sobrevivência, esta experimentaria uma seleção estabilizadora para manter o mesmo nível alto em todo o lado. Isto não é de modo algum um "puzzle não solucionado", contrariamente ao que os criacionistas querem fazer crer.
  3. "Os evolucionistas do tempo de Darwin eram racistas, e o próprio conceito de que cada raça demorou um longo tempo para evoluir leva ao racismo. O racismo é o conceito de que cada raça tem uma história evolutiva longa e separada."
    O racismo é, pelo contrário, a atitude social que defende que as características (especialmente pessoais e sociais) de um indivíduo têm de se conformar, a priori, àquelas que se pensa (geralmente sem evidência) serem típicas da raça à qual o indivíduo pertence, sem levar em conta a existência de variação individual. Não é de modo nenhum fundado sobre o conceito da evolução. Divergência evolutiva em características tais como cor da pele não implica de modo nenhum que outras características como a inteligência tenham divergido. Se evolucionistas do século 19 eram racistas (e nem todos eram), eles apenas partilhavam as suposições não-científicas da sua sociedade.
  4. "Existe uma lacuna intransponível em inteligência e emoções entre os humanos e todas as outras espécies que não pode ser explicada pela evolução."
    As características mentais do Homo sapiens de fato desenvolveram-se até um grau muito maior do que parece ser o caso em qualquer outra espécie, no entanto a maior parte das faculdades mentais que temos parecem estar presentes numa forma mais rudimentar em outros primatas e mamíferos. Se a cognição, emoção, etc. têm uma base física no cérebro, que é a suposição de trabalho da psicologia, então a base física da cognição e da consciência pode evoluir, da mesma forma que outras características físicas evoluem.

V. Questões Gerais

  1. "Citações de muitos evolucionistas eminentes mostram que os biólogos abandonaram o conceito de evolução gradual por seleção natural. Darwin estava errado, e todo o estudo da evolução está em desordem."
    A maioria das citações apresentadas por criacionistas como justificação para esta postura são de evolucionistas que alegam que (a) transições graduais entre espécies são incomuns no registro fóssil; (b) muitas características das espécies não parecem ser adaptações; (c) a evolução pode avançar tanto por grandes mudanças devido a mutações como por pequenas mudanças; (d) a teoria da seleção natural não explica alguns eventos e tendências importantes na história geral da vida.

    O ponto (a) é encarado pelos evolucionistas como significando que a evolução muitas vezes ocorre muito rapidamente, numa escala geográfica muito local, conforme é muitas vezes demonstravelmente o caso. Isto não contradiz de modo nenhum a teoria da evolução tradicional. O ponto (b) também tem sido reconhecido por evolucionistas desde o tempo de Darwin; muitos fatores além da seleção natural governam a direção e a taxa da mudança evolutiva. O ponto (c) depende largamente de se definir algumas mutações como "grandes" nos seus efeitos e outras como "pequenas"; existe, na realidade, um espectro completo de efeitos. O ponto (d) é um reconhecimento importante de que as forças da mutação e da seleção natural que adaptam uma espécie a curto prazo podem não estar relacionadas com a sua possibilidade de sobrevivência a longo prazo. Os fatores que causam a extinção definitiva de algumas espécies e não de outras requerem mais investigação do que receberam, e talvez seja necessária uma teoria de nível superior que inclua a teoria neo-darwinista tradicional. Os evolucionistas citados não negam a validade da teoria evolutiva mas estão a tentar expandi-la para abranger um conjunto de fenômenos mais amplo. Na maior parte dos aspectos, compreende-se que Darwin estava certo, mas muitos dos detalhes sobre como a evolução opera ainda estão a ser trabalhados. Isto é evidência, não de desordem na ciência, mas de progresso saudável na procura de explicações mais completas.
  2. "A evolução não deve ser ensinada porque leva a uma filosofia materialista e amoral segundo a qual 'os mais poderosos ditam a lei'."
    As implicações filosóficas ou éticas de qualquer afirmação científica não têm implicações na sua validade científica; nem os desejos deles nem os nossos tornam a afirmação certa ou errada. A ética e a filosofia não são parte da ciência, e não é possível deduzir logicamente quaisquer lições morais sobre como nos devemos comportar a partir da evolução ou de qualquer outra ciência. As afirmações científicas, seja em física ou em biologia, são materialistas no sentido em que explicam fenômenos naturais através de causas naturais, materiais; são amorais no sentido em que descrevem o que é, sem fazerem juízos de valor sobre o que devia ou não devia ser. As respostas a questões éticas e morais têm de ser encontradas fora da ciência.

Leitura recomendada

Embora eu seja contrário a apoiar financeiramente a causa criacionista através da compra das publicações deles, tenho de recomendar alguma literatura criacionista como o antídoto mais eficaz contra acreditar na linha criacionista. Muitas publicações de Creation-Life Publishers, P.O. Box 15666, San Diego, California 92115 servirão perfeitamente. Citei mais extensivamente de Scientific Creationism (Public School Edition), editado por H. M. Morris, e de Evolution: The Fossils Say No! de D. T. Gish. The Troubled Waters of Evolution, de H. M. Morris, contém praticamente o mesmo material mas é mais diretamente religioso no tom. The Genesis Flood, de H. M. Morris e J. C. Whitcomb, apresenta uma "exposição científica" da criação e do dilúvio. The Early Earth, de J. C. Whitcomb, "mostra como a Palavra de Deus refuta todo o tipo de evolução teísta".

  • Creation/Evolution (P.O. Box 5, Amherst Branch, Buffalo, New York 14226) é uma publicação trimestral dedicada a promover ciência evolucionária e cobre atividades políticas criacionistas correntes. O número 7 (Inverno de 1982) tem um artigo útil: "Answers to the Standard Creationist Arguments" ("Respostas aos Argumentos Criacionistas Mais Comuns"), por K. Miller.
  • The American Biology Teacher (11250 Roger Bacon Drive, Reston, Virginia 22090) é fundamental para professores e tem muitos artigos úteis, incluindo:
    • Alexander, R. D. 1978. "Evolution, Creation, and Biology Teaching". ABT 40(2):91-104.
    • Callaghan, C. A. 1980. "Evolution and Creationists' Arguments". ABT 42(7):422-25.
    • Miller, K. R. 1982. "Special Creation and the Fossil Record: The Central Fallacy". ABT 44(2):85-89. (Uma exposição importante sobre como o cenário do dilúvio é essencial para o argumento criacionista, e por que é absurdo.)
    • Hughes, S. W. 1982. "The Fact and the Theory of Evolution". ABT 44(1):25-32. (Inclui uma boa análise resumida sobre a cobertura que é dada à evolução em manuais escolares do ensino secundário.)
    • Na frente legal, a importante decisão em McLean v. Arkansas Board of Education foi reproduzida na sua totalidade em The American Biology Teacher 44(3):172-79 (março de 1982), e em Science 215:934-43 (19 de fevereiro de 1982).

Outros artigos úteis incluem:

  • Brush, S. G. 1981. "Creationism/Evolution: The Case Against 'Equal Time'". The Science Teacher, vol. 48, no. 4.
  • Asimov, Isaac. 1981. "The 'Threat' of Creationism". New York Times Magazine, 14 de junho de 1981. Ideal para discussão na sala de aula e para apreciar o seu estilo espirituoso.
  • Cloud, P. 1977. "Scientific Creationism -- A New Inquisition Brewing". The Humanist 37:1.
  • Nelkin, D. 1976. "The Science-Textbook Controversies". Scientific American 234(4):33-38. Analisa razões para ataques criacionistas e outros aos currículos de ciência.
  • Skow, J., et al. 1981. "The Creationists". Science 81, pp. 53-60 (dezembro). Um sumário sucinto sobre quem são eles e como operam.
  • Brush, S. G. 1982. "Finding the Age of the Earth by Physics or by Faith?" Journal of Geological Education 30:34-58. Uma análise exaustiva sobre datação radioativa e como os criacionistas lidam com ela.

Livros:

  • Stebbins, G. L. Processes of Organic Evolution (Englewood Cliffs, N.J.: Prentice-Hall, 1971). Uma introdução breve e elementar à teoria da mudança evolutiva. Para cursos universitários introdutórios.
  • Stansfield, W. D. The Science of Evolution (New York: Macmillan, 1977). Um manual um pouco mais avançado.
  • Dobzhansky, Th., F. J. Ayala, G. L. Stebbins, e J. W. Valentine, Evolution (San Francisco: Freeman, 1977).
  • Futuyma, D. J. Evolutionary Biology (Sunderland, Mass.: Sinauer, 1979). Este e o livro anterior são presentemente os manuais universitários mais completos sobre o assunto.
  • Stebbins, G. L. Darwin to DNA, Molecules to Humanity (San Francisco: Freeman, 1982). Este é um dos poucos livros recentes escrito para explicar a evolução ao leitor geral, por um dos líderes na área.
  • Cloud, P. Cosmos, Earth, and Man (New Haven: Yale University Press, 1978). Uma discussão não-técnica muito acessível sobre a história do universo, da terra e das coisas vivas.
  • Johanson, D. e E. Maitley, Lucy: The Beginnings of Humankind (New York: Simon & Schuster, 1980). Um relato animado sobre as descobertas de fósseis de um antropólogo e as suas interpretações da evolução humana; transmite uma boa idéia sobre o que é e não é conhecido, e o que fazer para saber mais.
  • Gould, S. J. The Panda's Thumb (New York: Norton, 1980) [O Polegar do Panda (Lisboa: Gradiva, 2000)]. Ensaios soberbos sobre evolução e ciência por aquele que é talvez o melhor escritor de ciência da atualidade.
  • Godfrey, L., ed., A Century After Darwin (Boston: Allyn & Bacon, 1983). Uma coleção moderadamente técnica de ensaios tratando o desenvolvimento do pensamento evolucionista desde Darwin. Só toca ligeiramente no criacionismo.

O debate criacionista é tratado explicitamente nos seguintes livros:

  • Eldredge, N. The Monkey Business (New York: Washington Square Press, 1982). Um tratamento breve e nada técnico dos argumentos.
  • Newell, N. Creation and Evolution: Myth or Reality? (New York: Columbia University Press, 1982). Para o leitor geral, tratando especialmente aspectos paleontológicos.
  • Kitcher, P. Abusing Science: The Case Against Creationism (Cambridge, Mass.: MIT Press, 1982). Uma análise detalhada de um filósofo sobre argumentos criacionistas.
  • Godfrey, L., ed., Scientists Confront Creationism (New York: W. W. Norton, 1983). Coleção de ensaios não-técnicos, por cientistas de muitas áreas, que refuta argumentos criacionistas sobre astronomia, geologia, biologia e antropologia.

Notas

1 Douglas Futuyma recebeu o seu B.S. da Universidade de Cornell e o seu M.A. e Ph.D. da Universidade de Michigan. É o autor de numerosos artigos nas revistas mais importantes da sua área sobre biologia e evolução, e é o autor de um manual universitário muito usado sobre evolução: Evolutionary Biology. Tem sido editor de Evolution, o mais importante periódico internacional de investigação sobre evolução, e é John Simon Guggenheim Memorial Fellow, bem como presidente tanto da Society for the Study of Evolution como da American Society of Naturalists. É professor no Departamento de Ecologia e Evolução na Universidade Estadual de Nova Iorque em Stony Brook. (Science on Trial, p. 289)

2 O texto a que o autor aqui faz referência é Science on Trial: The Case for Evolution (Sunderland, Mass., U.S.A.: Sinauer Associates, Inc., 1995). O presente texto foi traduzido do Apêndice nas páginas 222-231. (N. do T.)


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