The Sign of the Last Days -- When? (O Sinal dos Últimos Dias -- Quando?) (Atlanta: Commentary Press, 1987) de Carl Olof Jonsson e Wolfgang Herbst, pp. 1-10. Capítulo 1: O Nosso Século Vinte — Tempo do Fim?Carl Olof Jonsson e Wolfgang Herbst
Se aceitarmos as afirmações feitas por várias fontes religiosas, este século é o tempo em que decorrem os últimos dias. Circulam por todo o mundo livros que descrevem dramaticamente acontecimentos e circunstâncias do nosso tempo como sendo prova visível da proximidade do "fim". As afirmações deles são feitas com seriedade e frequentemente são acompanhadas por evidência impressionante como prova da sua validade. Algumas destas fontes religiosas até atribuem um ponto inicial específico para os últimos dias, no contexto deste século. 1914 -- O Início dos Últimos Dias?Sem dúvida, o movimento religioso conhecido como Testemunhas de Jeová é, de entre estas fontes, a mais visível e publicamente vocal. O ano 1914 desempenha um papel chave na sua pregação pública. A circulação de milhões de cópias de livros de certos autores que falam do tempo do fim é rapidamente eclipsada pelas centenas de milhões de cópias de publicações da Watch Tower, que são distribuídas todos os anos em centenas de idiomas, proclamando o significado do ano 1914. Nesse ano, alega a Watch Tower, ocorreu a prometida volta de Jesus Cristo à terra, dando início à sua parousia ou "presença". Somos informados que nesse ano foi estabelecido o reino de Deus e começaram os "últimos dias". Isto significa, segundo a doutrina da Watch Tower, que a geração que presenciou 1914 não passará -- não pode passar -- sem antes vir o fim definitivo. Esta alegação é apresentada, não como uma mera possibilidade ou probabilidade, mas como certeza absoluta! No entanto, as pessoas perguntam: "Como pode 1914 ter esse significado se ninguém viu realmente Jesus ou o seu reino?" Porque Jesus veio de forma invisível e o seu reino foi estabelecido nos céus invisíveis de Deus, responde a Sociedade Torre de Vigia. Se forem verdadeiras, essas afirmações têm obviamente uma importância vital para cada um de nós. Que evidência existe em seu apoio? Ao examinarmos essa alegada evidência, examinaremos ao mesmo tempo as opiniões publicadas por várias outras fontes religiosas do nosso tempo e as expectativas exaltadas daí resultantes. Pois, embora diferindo amplamente em muitas áreas, a evidência que eles oferecem para a proximidade do fim é muitas vezes notavelmente similar. Em apoio das suas alegações, a Sociedade Torre de Vigia, a agência editorial das Testemunhas de Jeová, usa duas linhas de argumentação: 1) cronologia bíblica, e 2) o que eles descrevem como os "sinais" desde 1914. Resumidamente, segundo a interpretação da Sociedade Torre de Vigia, os "tempos dos gentios", ou como eles preferem traduzir a expressão, "os tempos designados das nações", mencionados em Lucas capítulo vinte e um, versículo 24, é um período de 2.520 anos que começou em 607 A.C. e terminou em 1914 A.D. Eles pensam que durante esse período seria permitido às nações governar sem a interferência de Deus. Mas, novamente, as pessoas perguntam: "Como é que os tempos das nações gentias podem ter terminado em 1914?" Afinal, as nações ainda estão a governar este planeta tal como o fizeram antes dessa data. O número de nações, de facto, quase triplicou desde 1914! Então, como é que os tempos das nações podem ter terminado nesse ano? Para quase dois terços das nações que existem hoje, os seus tempos, em vez de terminarem, começaram, em 1914. Outro problema, e bem grande, é que o ponto de partida para este cálculo -- o ano 607 A.E.C., alegadamente a data para a destruição de Jerusalém -- está em conflito com uma longa cadeia de factos históricos e com muitas passagens da Bíblia.1 Por isso, em vez de lutar contra estas dificuldades cronológicas, a Sociedade Torre de Vigia prefere concentrar-se nos "sinais" [que supostamente ocorrem] desde 1914. Nisto, eles não estão sozinhos, pois escritores bem conhecidos de várias outras organizações religiosas focam a sua atenção exactamente nos mesmos sinais como prova da proximidade do fim. Quais são esses "sinais"? Que sinal deu Jesus realmente?Poucos dias antes da sua morte, Jesus predisse a vindoura destruição do templo de Jerusalém. (Mateus 24:1, 2) Por causa desta predição, alguns dos seus discípulos fizeram-lhe algumas perguntas:
Antes de responder a estas perguntas, Jesus deu alguns avisos aos seus discípulos:
Além de guerras, fomes e terramotos, Jesus, nos versículos seguintes, menciona perseguições, falsos profetas e o aumento do que é contra a lei. Será que todas estas ocorrências deviam ser entendidas como sinais afirmativos, identificando a volta de Cristo e o fim da era? Ou, pelo contrário, será que Jesus de facto avisou os seus discípulos para que não se deixassem desencaminhar por tais acontecimentos? Comentadores bíblicos cuidadosos e discretos têm indicado frequentemente que em nenhum lugar Jesus identifica estes acontecimentos como sendo o "sinal" da sua vinda, mas em vez disso parece avisar os seus discípulos para que não tirassem essa conclusão quando desastres e catástrofes deste tipo ocorressem. Desde o início da sua resposta, a admoestação dele foi: "Não sejais enganados. Não fiqueis aterrorizados. Essas coisas têm de acontecer, mas ainda não é o fim." Eles também indicam que a palavra grega para "sinal" (to semeíon) em Mateus 24, versículo 3, está no singular e portanto dificilmente se poderia referir a vários, ou diferentes, acontecimentos. Além disso, eles ainda observaram que Jesus de facto não descreve a sua volta senão nas suas palavras nos versículos 27 a 31, a seguir à sua predição da destruição de Jerusalém. Então, pela primeira vez, ele começa a falar acerca do sinal da sua vinda, "o sinal do Filho do homem" (versículo 30), aqui novamente no singular, precisamente como no versículo 3. Este "sinal", segundo as palavras de Jesus, 'apareceria no céu', não na terra. A Sociedade Torre de Vigia admite isto. Por esse motivo, eles são forçados a fazer uma distinção entre "o sinal do Filho do homem... no céu", que aparece quando ele vem para o julgamento final, e o "sinal" da sua vinda (parousía), que segundo eles dizem pode ser visto nas guerras, fomes, pestilências, terramotos, etc., desde 1914.3 Deste modo, eles não apenas têm dois tipos diferentes de "sinais" da volta de Cristo -- eles também têm duas voltas diferentes, uma em 1914 e outra na "grande tribulação". Contudo, as palavras introdutórias de Jesus devem evidentemente ser compreendidas como avisos contra falsas conclusões -- "cuidado para que ninguém vos engane... vede que não fiqueis alarmados." Haveria guerras, fomes, pestilências, terramotos e outros problemas. Os seguidores dele também teriam de enfrentar ódio e perseguição, não apenas uma vez mas muitas vezes no futuro. Eles teriam de suportar tais coisas durante todo o tempo até ao fim. Antes disso, o evangelho do reino pregado por Jesus e pelos seus discípulos alcançaria todas as nações da terra. O fim só viria depois disso. (Mateus 24:4-14) Depois de dar esta panorâmica geral da história futura, Jesus começou a responder às perguntas dos quatro discípulos: a pergunta deles acerca da destruição do templo (versículos 15 a 22), e a pergunta acerca da sua volta e do fim da era (do versículo 27 em diante). Em geral, aqueles que anunciam o fim do mundo não aceitam esta interpretação natural da resposta de Jesus. Muitos expositores populares das profecias insistem actualmente em interpretar as palavras iniciais de Jesus acerca das tribulações vindouras, não como uma introdução preliminar, mas como a resposta à pergunta acerca do sinal da vinda de Jesus e do fim. A Sociedade Torre de Vigia, por exemplo, tenta justificar a forma singular da palavra grega para "sinal" dizendo que o próprio sinal consiste em vários aspectos diferentes. Eles falam do sinal como "o sinal composto." Quando todos os eventos -- guerras, fomes, pestilências, terramotos e outras tribulações -- aparecem ao mesmo tempo, durante a mesma geração, então estamos aptos a discernir o "sinal", o sinal que prova que Cristo veio e está invisivelmente presente. Contra esta interpretação pode-se objectar: Não tem toda a geração visto tal "sinal composto"? Não tivemos sempre guerras? Alguns historiadores indicam que nos últimos 5.600 anos tivemos um total de 292 anos sem guerras. Outros acham que talvez nem sequer tenham existido anos livres de guerras. Não têm sido todas as gerações afligidas por fomes e pestilências? Conforme demonstra a história, as guerras têm caracteristicamente levado 'a reboque' as fomes e as pestilências. Os três flagelos têm sido sempre inseparáveis e, regra geral, morreram mais pessoas devido às fomes e às pestilências do que as que foram mortas nas guerras. Não têm todas as gerações experimentado vários grandes terramotos "num lugar após outro"? Os catálogos de terramotos preparados por especialistas modernos, que abrangem os últimos dois mil anos, fornecem prova abundante disto. A história da humanidade também tem sido marcada por períodos recorrentes em que se verifica um aumento da violência e do que é contra as leis, bem como perseguições de diferentes grupos de cristãos que têm pregado o evangelho do Reino. Portanto, perguntamos: Como é que eventos como guerras, fomes, pestilências, terramotos, etc., podem distinguir este século XX (ou qualquer período dentro do século XX), quando a história mostra que todas as gerações desde o tempo de Jesus foram atingidas pelo assim chamado "sinal composto"? É o espantoso aumento e intensificação destes acontecimentos que os transforma no "sinal" dos nossos dias, responde a maioria dos que anunciam o tempo do fim. Em The Late Great Planet Earth (O Falecido Grande Planeta Terra), por exemplo, ao discutir a pergunta dos discípulos acerca de um sinal, conforme registado em Mateus capítulo vinte e quatro, versículo 3, Hal Lindsey explica:
Enquanto a Sociedade Torre de Vigia defende que este aumento e intensificação tem sido evidente desde 1914, Hal Lindsey argumenta que isso tem ocorrido desde 1948, ano que é, na opinião dele, o ponto de partida para a "geração" do tempo do fim. No seu livro Good-bye Planet Earth (Adeus Planeta Terra), o autor Robert H. Pierson, Adventista do Sétimo Dia, embora não fixe datas específicas, adopta uma posição similar quanto ao significado dos nossos tempos. Ao falar das guerras no século XX, ele diz que estas ocorreram "numa escala que este mundo nunca experimentou antes" e menciona "elementos de destruição que desafiam a imaginação humana"; ao falar de catástrofes naturais, ele descreve a natureza como estando agora "descontrolada ao nosso redor", diz que a terra tem estado a tremer "com frequência e intensidade crescentes"; ao discutir a fome, ele cita predições de "fome crescente, pestilências, extermínio de grande número de pessoas" -- todos estes aspectos são apresentados por ele como prova incontornável de que "Jesus virá em breve." -- Páginas 8, 15, 19-21, 23. O Dr. Billy Graham, cautelosamente, diz que estes sinais estão 'presentemente a entrar em foco' e intensificar-se-ão no futuro próximo. Comentando os quatro cavaleiros do Apocalipse -- os símbolos de guerra, fome, pestilência e morte -- ele escreve:
Num estilo muito mais espampanante, a publicação Famine -- Can We Survive? [Fome -- Podemos Sobreviver?] da Worldwide Church of God [Igreja Mundial de Deus], nas páginas 89 e 90, diz:
Assim, ao serem confrontados com o facto de todas as eras terem tido a sua quota parte de guerras, fomes, pestilências, etc., estes expositores defendem, exactamente como a Sociedade Torre de Vigia, que é o aumento destas tribulações que constitui o sinal do fim. Mas será que foi realmente sobre esse aspecto dos eventos enumerados que Jesus colocou a ênfase? No que diz respeito às guerras, fomes, pestilências e terramotos, ele não disse aos seus discípulos que deviam esperar um aumento destas aflições.5 Apesar disso, os expositores que anunciam o fim dos tempos, seja directamente seja de forma implícita, tomam a posição de que Jesus tinha necessariamente em mente um aumento dos flagelos que menciona. De outro modo estes "sinais" não seriam sinais, não teriam nada que os tornasse notáveis. Muitos destes escritores religiosos limitam-se a apresentar as suas alegações acompanhadas por descrições -- normalmente muito dramáticas -- das calamidades e problemas actuais, sem tentarem defender a sua posição contra qualquer evidência contrária. A Sociedade Torre de Vigia, pelo contrário, parece sentir-se obrigada a providenciar tal defesa e tenta regularmente edificar confiança nas suas alegações. Consequentemente, eles são rápidos a argumentar contra qualquer evidência contrária e fazem o máximo para provar que ocorreu mesmo um aumento sem precedentes nos acontecimentos calamitosos desde 1914.6 As publicações da Sociedade Torre de Vigia estão repletas de afirmações, citações e estatísticas em apoio das suas alegações de que as guerras, fomes, pestilências e terramotos antes de 1914 foram meras ninharias quando comparadas com o que ocorreu depois desse ano. A revista The Watchtower [A Sentinela] de 1.º de Fevereiro de 1985, página 15, afirma a posição deles de forma sucinta e inequívoca:
Uma pessoa que procura a verdade, contudo, tem de perguntar a si mesma: Quão genuína é a imagem alarmista que as várias fontes religiosas apresentam quando esta imagem é vista tendo em consideração a história passada da humanidade? Será que as provas estatísticas que eles apresentam são genuinamente dignas de confiança? Será que foi trazida à luz toda a evidência, ou será que as opiniões e interpretações dos escritores influenciaram a selecção de números e citações de um modo que distorce os factos reais? Um exame cuidadoso das citações e estatísticas que eles apresentam talvez surpreenda milhões de pessoas que, em resultado de lerem tais publicações, acreditam que as condições mundiais assinalam dramaticamente o seu tempo como "especial", um tempo focado de forma singular na profecia bíblica. Será próprio fazer um exame completo sobre o alegado "sinal"?Muitos talvez se refreiem de fazer tal investigação crítica. Particularmente entre os milhões de pessoas afiliadas na organização Torre de Vigia, muitos acham que fazer isso seria participar nas descobertas dos "ridicularizadores" que desafiam as alegações a respeito da "presença" de Cristo feitas pelas Testemunhas de Jeová. A revista The Watchtower [A Sentinela] de 15 de Julho de 1979, na página 13, classifica quaisquer indivíduos que refutem as suas alegações como 'pessoas sem lei' e falsos profetas, citando em seu apoio Segunda Pedro, capítulo três, versículos 3 e 4. A The Watchtower [A Sentinela] de 1.º de Agosto de 1980, página 19 [em inglês], declarou que os "ridicularizadores" podiam ser encontrados "dentro da congregação cristã" e falou deles como "menosprezando o cumprimento de profecias a respeito da 'presença' de Cristo." Numa atitude semelhante, o livro Good-bye, Planet Earth [Adeus, Planeta Terra], do autor Adventista Pierson, depois de discutir o que chama sinais do fim definitivo, tem um subtítulo que diz: Não Acredita Nisto? Então Você É um Sinal! (Página 51) Também ele cita as palavras de Pedro acerca de ridicularizadores nos últimos dias. Isto significa que qualquer pessoa que questione os conceitos que estas fontes têm acerca do fim do mundo é automaticamente classificado entre os ímpios. Será que isto é um uso correcto do texto bíblico? Será que os "ridicularizadores" descritos pelo apóstolo Pedro são pessoas que acreditam firmemente (como é o caso dos autores deste livro) que 'o dia de Jeová virá de facto como ladrão' e trará a destruição sobre homens ímpios e sobre um sistema iníquo? Certamente que não. Conforme mostra o contexto, o que o apóstolo descreve são pessoas que deixaram de acreditar por completo na eventual -- e certa -- chegada desse dia de julgamento divino, pessoas que questionam se esse dia alguma vez chegará.7 O facto de fazermos incidir uma luz bíblica e histórica sobre certos ensinos relacionados com alegada evidência que [supostamente] marca o nosso tempo, não é de maneira nenhuma reflexo de qualquer dúvida quanto às profecias da Bíblia acerca da "presença" de Cristo. Muito pelo contrário, nós considerámos seriamente algumas palavras da grande profecia de Cristo sobre a sua parousía que são muitas vezes negligenciadas, e instamos aos nossos leitores que também as contemplem honestamente. Jesus predisse que "muitos" enganariam pessoas utilizando o seu nome, dizendo: "Agora o tempo está muito próximo." Os discípulos não deviam ficar impressionados pois Jesus, logo a seguir acrescentou: "Nunca sigais homens como esses." -- Lucas 21:8, tradução de J. B. Phillips. Por essa razão, qualquer cristão que simplesmente feche os olhos e se apegue passivamente a doutrinas de autoridades religiosas poderia estar a cometer um erro sério e fatal. Num artigo intitulado "Falácias Podem Ser Perigosas", a revista Awake! [Despertai!] de 8 de Novembro de 1970 [em inglês], abordou algumas falácias presentes em ideias populares e depois disse:
De facto, o "amor da verdade" é essencial para a salvação e pode por vezes requerer que estejamos dispostos a investigar e aprender. (Compare com Segunda Tessalonicenses 2:10.) Se o leitor decidir fazer isso, é claro que tem de manter uma mente aberta. "Ter uma mente aberta," disse a Sociedade Torre de Vigia na revista Awake! [Despertai!] de 22 de Novembro de 1984, "significa ser receptivo a novas informações e ideias. Significa estar disposto a avaliar informação sem uma atitude preconceituosa." -- Páginas 3 e 4 [tradução a partir da versão inglesa]. Ao apresentar a informação e dados acerca das calamidades na história, os autores deste livro não puderam, por razões de espaço, apresentar todo o material disponível. Nem abordámos todos os textos bíblicos que achamos que poderiam melhorar as explicações apresentadas. Ainda assim, vamos continuar o nosso estudo e pesquisa e críticas construtivas são bem-vindas, bem como outras informações relacionadas com os assuntos tratados nesta publicação. Considere agora a evidência acerca das fomes, terramotos, pestilências e guerra no nosso século quando comparados com o passado. Acreditamos que o leitor achará os factos muito diferentes, por vezes radicalmente diferentes, daquilo que muitos hoje dizem. Notas1 Para uma consideração completa destes factos, veja o livro The Gentile Times Reconsidered [Os Tempos dos Gentios Reconsiderados], 3.ª edição, Commentary Press, Atlanta, 1998. 2 Na Tradução do Novo Mundo da Sociedade Torre de Vigia, este texto foi traduzido de modo a apoiar a ideia da presença invisível de Cristo: "Dize-nos: Quando sucederão estas coisas e qual será o sinal da tua presença e da terminação do sistema de coisas." Contudo, embora "presença" seja o significado primário da palavra grega parousía, esta palavra também era usada num sentido técnico significando "a visita de um governante." Praticamente todos os peritos em grego do Novo Testamento concordam actualmente que a palavra parousía, quando usada em relação com a segunda vinda de Cristo, é usada no seu sentido técnico em vez de ser usada no seu sentido primário. O contexto e o modo da sua utilização em relação com a vinda de Cristo na própria Bíblia harmoniza-se com este ponto de vista. Este assunto será tratado mais adiante nesta publicação. (Veja o Apêndice B.) 3 God's Kingdom of a Thousand Years Has Approached (1973) [Aproximou-se o Reino de Deus de Mil Anos (1975)], pp. 326-328. 4 Billy Graham, Approaching Hoofbeats, The Four Horsemen of the Apocalypse (Passos que se Aproximam, Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse), 1983, pp. 74, 76. Nesse livro o autor defende que as guerras, fomes, pestilências, etc., em eras passadas, eram apenas "precursores dos cavaleiros", e declara que agora "as sombras de todos os quatro cavaleiros podem ... ser vistas galopando por todo o mundo." -- páginas 9, 77. 5 Embora seja verdade que Jesus falou do 'aumento do que é contra a lei', isto aparentemente não se referia ao mundo em geral, que sempre foi desregrado. Em vez disso, parece que essa expressão se refere ao que ocorreria na congregação cristã. É claro que levou algum tempo até que a predita apostasia chegasse ao ponto de ser revelada. 6 Veja Survival into a New Earth [Sobrevivência Para uma Nova Terra] (1984), pp. 22, 23. 7 O leitor que é Testemunha devia notar a citação seguinte, do livro da Sociedade Torre de Vigia intitulado Choosing the Best Way of Life [A Escolha do Melhor Modo de Vida] (1979), com a qual concordamos plenamente:
É muito claro que tais pessoas esperavam ver nos seus dias algo fora do normal, espantoso, sem precedentes, como prova de que o acontecimento predito ocorreria mesmo. As palavras de Pedro indicam que eles não veriam tal coisa e por essa razão não exerceriam fé na certeza desse dia de julgamento. Seja qual for a época em que vivamos, como mortais todos teremos de enfrentar um fim crucial -- o fim das nossas vidas. A qualidade do nosso relacionamento pessoal com Deus e com o seu Filho até esse momento devia ser sempre motivo de grande preocupação e importância para nós. |