O Sangue Como Símbolo da Vida

Alan Feuerbacher


Será que Génesis 9:4 é uma proibição contra comer sangue, aplicável a toda a humanidade, e será que declara que o próprio sangue é sagrado para Deus? Vejamos.

Se o próprio sangue fosse sagrado, então certamente Deus teria proibido completamente que se comessem animais. Porquê? Porque é impossível não comer o sangue que fica na carne depois de esta ter sido sangrada, a menos que se adoptem medidas extremas, como colocar a carne em água salgada para retirar todo o sangue. Se o animal for simplesmente sangrado segundo o método de deixar o sangue escorrer, cerca de metade do sangue fica na carne [veja Dr. R. A. Lawrie, Meat Science (Oxford: Pergamon Press, 1974), pp. 132, 133]. É por isso que um bife que está selado numa embalagem de plástico costuma ter uma cor púrpura e depois torna-se intensamente vermelho quando exposto ao ar -- a hemoglobina presente no sangue absorve o oxigénio.

Portanto, ao permitir que se comesse carne sem remover todos os vestígios do sangue, Deus permitiu que se comesse sangue.

Assim, faz todo o sentido interpretar a declaração de Génesis 9:4: "não deveis comer a carne junto com seu sangue", como significando na prática mostrar respeito pelo dador da vida, derramando o sangue do animal quando este é morto, certificando-se assim também de que o animal está mesmo morto, antes de o comer.

O contexto de Génesis 9:4 envolve o respeito pela vida humana e pela vida animal. O sangue é usado como o símbolo da vida, como na expressão "derramar o sangue de um homem". Assim, o propósito de Génesis 9:4 é incutir respeito pela vida, não é estabelecer "a santidade do sangue".

Isto fornece prova adicional de que a proibição das transfusões de sangue a que as TJ aderem não foi ordenada por Deus, é anti-bíblica, farisaica e liminarmente assassina, visto que dá mais valor ao símbolo (o sangue) do que à coisa simbolizada (a vida).


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