A Profecia de "Paz e Segurança"

Carl Olof Jonsson


Para os movimentos apocalípticos, o "fim" tem estado sempre iminente. Sem dúvida, esta tem sido a chave para o seu sucesso. Quem não gostaria que o nosso mundo de problemas sem fim desaparecesse e fosse substituído por um mundo melhor? Qualquer movimento que consiga manter vivas essas expectativas tem um aumento garantido.

Guerra e Paz como "Sinais dos Tempos"

Essas expectativas são criadas interpretando vários acontecimentos mundiais como 'sinais' proféticos, que indicam a proximidade do fim. Há sempre textos bíblicos que, com a ajuda de um pouco de imaginação, podem ser aplicados à atual situação mundial. Em tempos de guerra, as palavras de Jesus sobre "nação contra nação e reino contra reino" (Mateus 24:7) são citadas. E durante períodos mais pacíficos é chamada a atenção para outras declarações bíblicas. Nestes períodos, a Sociedade Torre de Vigia (Testemunhas de Jeová) tem-se referido muitas vezes às palavras do apóstolo Paulo em 1 Tessalonicenses 5:3. Segundo a Tradução do Novo Mundo, este texto diz:

"Quando estiverem dizendo: "Paz e segurança!" então lhes há de sobrevir instantaneamente a repentina destruição, assim como as dores de aflição [vêm] sobre a mulher grávida, e de modo algum escaparão."

A Sociedade interpreta este texto como se segue, segundo a Sentinela de 15 de novembro de 1984, p. 6:

"Esta profecia torna claro que, logo antes do fim deste sistema de coisas, declarar-se-á de forma excepcional "paz e segurança", quer mediante as Nações Unidas, quer independentemente pelos líderes políticos e religiosos. O que se seguirá a essa declaração? Paulo disse: "Então lhes há de sobrevir instantaneamente a repentina destruição." -- 1 Tessalonicenses 5:2, 3."

Um "Sinal Inconfundível"?

Passaram setenta e seis anos desde 1914, quando, segundo a Sociedade, começou a 'última geração'. Que os atuais esforços de paz tenham aumentado as expectativas entre as Testemunhas de Jeová não é, portanto, de admirar.

Graças à política de glasnost de Gorbachev, desenvolveu-se entre as grandes potências um novo período de entendimento. Várias guerras prolongadas terminaram, as ditaduras na Europa de Leste estão a cair, e foram dados passos importantes nas negociações de paz e desarmamento. Será que este desenvolvimento resultará numa proclamação de "Paz e Segurança" ao redor do mundo? Isso é, pelo menos, o que as Testemunhas de Jeová estão agora sendo levadas a esperar.

Segundo a Sociedade Torre de Vigia, essa proclamação será "o sinal para Deus entrar em ação", sim, um "sinal inconfundível de que a destruição do mundo é iminente". (Despertai!, 8 de abril de 1988, p. 14; Verdadeira Paz e Segurança -- Como Poderá Encontrá-la? (1986), p. 85)

Mas quão "inconfundível", realmente, é o "sinal" que as Testemunhas de Jeová têm sido aconselhadas a esperar? A maioria delas desconhece completamente o fato de a Sociedade Torre de Vigia ter proclamado repetidamente durante a sua história passada que o período de "paz e segurança" estava iminente, ou até que este período já tinha começado. No entanto, de cada vez que isso aconteceu, o "sinal inconfundível" acabou por se revelar um erro!

"Paz e Segurança" no Período 1899-1914

Perto do fim da sua vida, Charles Taze Russell, o primeiro presidente da Sociedade Torre de Vigia (Testemunhas de Jeová), chegou à conclusão que 1 Tessalonicenses 5:3 foi cumprido no período 1899-1914. Quando lhe perguntaram como esse texto devia ser compreendido, numa sessão de perguntas e respostas num congresso em 1915, ele respondeu:

"Pensamos que estes dizeres de 'paz! paz!' têm estado a ser feitos já há alguns anos. Os sistemas das igrejas e todas as pessoas têm estado a dizer, desde a Conferência de Paz de Haia (em 1899), que a guerra tinha de acabar, que estávamos a ter o tempo de paz sobre o qual a Bíblia fala."

Segundo a interpretação de Russell, este período de "paz e segurança" foi cortado em 1914 pela "grande tribulação", que culminaria na predita destruição mundial. Veja o livro What Pastor Russell Said (O Que Disse o Pastor Russell, escrito por L. W. Jones, um associado próximo do Pastor Russell), p. 529.

Paz e Segurança em 1918

A interpretação de Russell acabou por ter vida curta. Em 1917, quando acontecimentos mundiais indicavam que a guerra, em vez de culminar numa destruição mundial, acabaria em breve, a interpretação de Russell foi mudada pelo novo presidente da Sociedade Torre de Vigia, J. F. Rutherford. A guerra acabaria, escreveu ele, e seguir-se-ia "um curto período de paz", em que as pessoas diriam "Paz", de acordo com 1 Tessalonicenses 5:3. Pouco depois disso viria o fim. (The Watch Tower, 1.º de janeiro de 1917, pp. 4-5; 1.º de dezembro de 1917, p. 358)

"Paz e Segurança" na Década de 1930

A "repentina destruição" que as Testemunhas de Jeová esperavam imediatamente depois da paz que começou em 1918, não aconteceu. Consequentemente, a meio da década de 1930 estava na altura de uma nova aplicação da 'profecia de paz'. Assim, em 1936, Rutherford no folheto Choosing Riches or Ruin? (Escolha de Riquezas ou Ruína?) escreveu que eles "agora" estavam no período em que as palavras proféticas de 1 Tessalonicenses 5:3 seriam cumpridas. Mas antes deste período iminente de paz, predisse Rutherford, as nações da terra, encabeçadas por líderes religiosos, silenciariam o trabalho de pregação das Testemunhas de Jeová. Depois disso eles proclamariam "Paz e Segurança" em todo o mundo. Veja também o livro Enemies (Inimigos), pp. 291-294, publicado em 1937. Na p. 293 deste livro, Rutherford escreveu:

"Pode-se esperar que a velha 'prostituta' (a Igreja Católica Romana) sentada nas costas da fera diga em breve: 'Paz e segurança; silenciamos todos os opositores.' Então começará o 'estranho ato' de Jeová, e virá sobre ela a repentina destruição 'como as dores de parto sobre a mulher grávida'."

"Paz e Segurança" Depois de 1945

No entanto, em 1939 eclodiu a Segunda Guerra Mundial sem ter sido precedida pela predita paz mundial. Consequentemente, Rutherford teve de adiar mais uma vez o período de paz. Em 1940 ele predisse que a guerra seria interrompida em breve por um curto período de paz, imediatamente seguido pela guerra de Deus no Armagedom. (The Watchtower, 15 de agosto de 1940, p. 246 e 1.º de setembro de 1940, pp. 259-260, 265-266)

No início de 1942, no meio da guerra, Rutherford morreu. O seu sucessor, N. H. Knorr, agarrou-se à interpretação mais recente. No folheto Peace -- Can It Last? (Paz -- Pode Durar?), publicado em 1942, Knorr explicou que o período de paz que viria em breve "será de duração muito curta", pois seria seguido rapidamente pela batalha do Armagedom. (p. 26)

Mas o período de paz que começou depois do fim da guerra em 1945 não seria "de duração muito curta" como as Testemunhas de Jeová tinham predito! Nós ainda estamos, de fato, vivendo nesse período de paz! Os historiadores agora dizem que essa longa era de paz entre as grandes potências é única na história! O historiador Robert Jarvis, por exemplo, escreveu em 1988:

"Tal longo período de paz entre os Estados mais poderosos não tem precedentes." (International Security, Vol. 13, 1988, p. 80)

E dois anos antes K. J. Holsti observou que;

"Pelos padrões históricos, um período de 41 anos sem uma guerra entre as grandes potências é algo sem precedentes." (International Studies Quarterly, 30 de dezembro de 1986, p. 369)

Este período de paz agora já durou mais de 45 anos.

"Paz e Segurança" na Década de 1970

Durante a maior parte do período de paz posterior a 1945 as relações entre as grandes potências têm sido tensas, uma situação que tem sido freqüentemente descrita como 'a guerra fria'. Consequentemente, a 'profecia de paz' de 1 Tessalonicenses 5:3 foi geralmente remetida para segundo plano. Mas no início da década de 1970 ocorreu um relaxamento das relações tensas. Isto foi saudado nas publicações das Testemunhas de Jeová como um importante "sinal", especialmente porque a Sociedade Torre de Vigia tinha estado há vários anos a enfatizar que 6.000 anos desde a criação de Adão terminariam em 1975. "Estranhos eventos ocorrem em nossos tempos", disse a revista Despertai! de 22 de abril de 1973, na página 4. Esta edição especial sobre o tema "Vindoura Paz Mundial -- Durará?" continha uma série de artigos discutindo os esforços de paz. Na página 9 a revista referiu-se à profecia sobre "Paz e Segurança" em 1 Tessalonicenses 5:3 e declarou:

"Tal profecia parece estar-se aproximando rápido de seu cumprimento."

Dois livros, ambos publicados em 1973, aumentaram as expectativas. Verdadeira Paz e Segurança -- De Que Fonte? relacionou claramente o desanuviamento no mundo com a profecia de 1 Tessalonicenses 5:3. E o outro livro, Aproximou-se o Reino de Deus de Mil Anos [publicado em português em 1975], disse na página 365:

"Os atuais acontecimentos mundiais parecem ir na direção da situação em que os homens no domínio dos assuntos clamarão jubilantemente em congratulação de si mesmos: "Paz e segurança!""

Declarações similares apareceram repetidamente nas publicações das Testemunhas de Jeová durante os dois anos seguintes.

1986: "O Ano Internacional da Paz"

Apesar das predições e expectativas para a década de 1970, esta passou sem paz mundial nem destruição mundial. E quando o relaxamento e as conversações de paz entre as grandes potências fracassaram, a Sentinela finalmente teve de admitir que "nenhum desses esforços se enquadra na descrição de 1 Tessalonicenses 5:2, 3." (A Sentinela, 15 de julho de 1982, p. 14)

Mas perto do fim de 1985 as especulações começaram outra vez. Em 24 de outubro de 1985 as Nações Unidas, no seu 40.º aniversário, declararam 1986 o "Ano Internacional da Paz".

A Sentinela de 1.º de outubro de 1985, p. 18, declarou que as Testemunhas de Jeová "observam o evento com interesse", mas "não podem dizer com antecedência se isto será o cumprimento das palavras de Paulo citadas acima". Mas por uma questão de segurança, a Sociedade Torre de Vigia limpou o pó a um dos livros de 1973, Verdadeira Paz e Segurança -- De Que Fonte? e publicou-o outra vez numa nova edição revista durante o ano da paz de 1986 (mudando-lhe o nome para Verdadeira Paz e Segurança -- Como Poderá Encontrá-la?). Referindo-se ao fato de as Nações Unidas terem declarado 1986 como o "Ano da Paz", o livro citou a profecia em 1 Tessalonicenses 5:3 e declarou:

"Isto, sem dúvida, é um passo em direção ao cumprimento das palavras de Paulo supracitadas." (Página 85)

Tal como todas as predições e expectativas anteriores, o "ano da paz" de 1986 também falhou em assinalar "a iminência do apocalipse". (A Sentinela, 15 de fevereiro de 1986, p. 6) No entanto, os desenvolvimentos em anos recentes, durante a nossa atual era glasnost, mantiveram vivas as expectativas. A princípio, porém, as declarações nas publicações das Testemunhas de Jeová foram redigidas de forma um pouco mais cuidadosa. Cem anos de predições fracassadas pareciam ter deixado as suas marcas. Na revista Despertai! de 8 de dezembro de 1989 foi feita a pergunta se os surpreendentes eventos mundiais recentes eram um cumprimento de 1 Tessalonicenses 5:3. A resposta dada foi:

"Não podemos afirmar. Todavia, é óbvio que nunca antes a "paz e segurança" esteve tão perto de se consumar." (Página 24)

As edições da Sentinela de 1.º e de 15 de abril de 1990 incluíam artigos especiais sobre "paz mundial", mas ainda se podia notar uma cautela palpável. A edição de 1.º de abril só disse que 1 Tessalonicenses 5:3 será cumprido "muito em breve" (página 9), ao passo que a edição de 15 de abril não mencionou a profecia de Paulo.

Esta cautela não durou muito. Poucos meses depois, nos congressos de verão das Testemunhas de Jeová, foi lançado um novo livro, O Homem em Busca de Deus. Na página 371 deste livro encontramos esta declaração categórica:

"Já agora, há outra notável profecia bíblica perto de se cumprir, diante de nossos olhos."

Depois, citando as palavras de Paulo em 1 Tessalonicenses 5:3, a Sociedade Torre de Vigia aplica-as à atual situação mundial, dizendo que parece que as nações que antes eram beligerantes e suspeitosas umas das outras estão agora a mover-se cautelosamente em direção a uma situação em que poderão declarar paz e segurança mundiais. Desta forma, estão sendo criadas mais uma vez novas expectativas entre as Testemunhas de Jeová em todo o mundo. Em vista do registo passado, parece seguro predizer que estas expectativas também falharão.

"Avisos Oportunos ao Público Leitor"?

Vez após vez, durante quase um século, as Testemunhas de Jeová têm proclamado que a profecia de Paulo sobre "paz e segurança" tem estado perto do cumprimento. De cada vez que disseram isso, as predições falharam. Seria de esperar que um movimento que tem falhado tão completamente nas suas predições acabaria por assumir uma atitude mais humilde e começaria a baixar o tom das suas afirmações proféticas. Mas em vez disso, o movimento das Testemunhas de Jeová continua, com presunção teimosa, a falar como se recebesse as suas mensagens diretamente do próprio Jeová: "Confiamos em que Jeová mantenha os do seu povo bem informados", disse A Sentinela de 15 de maio de 1987, p. 19. E na mesma revista, na edição de 1.º de setembro de 1987, é feita esta promessa na página 23:

"Com o fim de ajudá-lo a manter-se prevenido, a Sociedade Torre de Vigia continuará a dar nas suas publicações avisos oportunos ao público leitor, para que você não seja apanhado desprevenido pela vindoura pretensiosa proclamação de "paz e segurança", conforme arquitetada pelas nações deste velho sistema de coisas."

"Avisos oportunos"? Qual o valor dessa promessa para uma pessoa que sabe que todos os avisos desse tipo dados no passado por esta Sociedade foram dados no momento errado? Não vale nada, evidentemente. No entanto, infelizmente, milhões de pessoas desprevenidas e confiantes vão continuar a encarar tais promessas com seriedade e vão agir de acordo com isso. Ninguém é tão enganado como aquele que acredita que é um pecado grave questionar aqueles que o enganam. (Mateus 15:14)

O Que Queria o Apóstolo Dizer?

Será que Paulo realmente predisse que nações, imediatamente antes do fim da era, proclamariam paz mundial? Ele disse que isto seria o "derradeiro sinal" anunciando que a "repentina destruição" estaria iminente? (A Sentinela, 15 de maio de 1987, p. 19) O contexto, e especialmente o contexto mais amplo, mostram que essa conclusão está totalmente errada.

Comentadores bíblicos freqüentemente dizem que o apóstolo Paulo em 1 Tessalonicenses 5:1-11 simplesmente apresenta um resumo das palavras do próprio Jesus sobre a sua vinda, conforme registadas em Mateus 24:36-44, Lucas 17:26-30 e 21:34-36. Jesus tinha dito que viria inesperadamente, como um ladrão de noite. Seria como nos dias de Noé, antes do Dilúvio, e como nos dias de Ló, antes da destruição de Sodoma e Gomorra. As pessoas nesse tempo estavam ocupadas com as suas atividades diárias e não suspeitavam de nada; "estavam comendo e bebendo, os homens estavam vendendo, planeando, construindo". No meio de tudo isto, a destruição veio subitamente sobre eles. Paulo resume brevemente as palavras de Jesus:

"Irmãos, quanto aos tempos e épocas, não precisamos de escrever-lhes, pois vocês mesmos sabem perfeitamente [devido às palavras do próprio Jesus] que o dia do Senhor virá como ladrão à noite. Quando disserem: "Paz e segurança", a destruição virá sobre eles de repente". (1 Tessalonicenses 5:1-3, Nova Versão Internacional)

Um ladrão não anuncia antecipadamente a "hora e data" da sua vinda. Ele não "assinala" a sua vinda de maneira nenhuma. Ele vem inesperadamente, de surpresa, quando as pessoas se sentem seguras. Foi por causa desta ausência de quaisquer "sinais" que Jesus instou aos seus discípulos para se "manterem vigilantes" e "prontos" e "sóbrios" (Mateus 24:42, 44; Lucas 21:34, 36) Paulo repetiu estas exortações. (1 Tessalonicenses 5:6-8) "Manter-se vigilante" não significaria continuar à espera de qualquer "sinal derradeiro", mas antes manter "os nossos sentidos, estando vestidos da couraça da fé e do amor, e tendo por capacete a esperança da salvação". (1 Tessalonicenses 5:8) Aquele vestido com essa armadura não seria apanhado de surpresa pelo "dia do Senhor". Ele estaria preparado, independentemente de quando viesse o dia.

As Testemunhas de Jeová mudaram o sentido das palavras de Paulo para o exato oposto. Elas fizeram da predita ausência de "sinais", que Paulo expressou com as palavras "paz e segurança", um "sinal derradeiro" de que a destruição mundial é iminente!

"Paz, Paz; Quando Não Há Paz"

A palavra grega usada por Paulo para "paz" é eirene. Esta palavra é usada no Novo Testamento como um equivalente da palavra hebraica schalom, que ocorre muitas vezes no Antigo Testamento. Schalom não se referia simplesmente a "paz" em sentido político, mas também, e primariamente, à boa vontade de Deus para com os homens, "a paz de Deus". Geralmente supõe-se que o uso que Paulo faz da expressão "paz [eirene] e segurança" é uma alusão às palavras de Jeremias sobre os judeus do seu tempo, em Jeremias 5:14 e 8:11 (ASV):

"Eles também sararam superficialmente o quebrantamento do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz."

Não havia paz política naquele tempo. O rei babilônico Nabucodonosor estava envolvido numa campanha de conquistas com o objetivo de submeter todo Oriente Médio e também Judá estava ameaçada. Mas as pessoas sentiam-se seguras, imaginando que tinham a proteção de Deus, a "paz" Dele. Não esperavam que viesse "nenhuma calamidade" sobre elas. (Jeremias 23:17) Consequentemente, a destruição de Jerusalém e do seu templo em 587 a.C. veio como uma surpresa chocante.

Isso também indica que as palavras de Paulo sobre "paz e segurança" não devem ser entendidas como uma proclamação política de paz mundial, nem interpretadas como o "sinal derradeiro" de "destruição mundial".

(Este artigo foi publicado na revista Investigator, n.º 30, maio de 1993.)


Índice · English · French